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Sustentabilidade

 

 

Portugal quer aumentar eficiência energética em 30% até 2020

21 de novembro de 2017

Até 2020, Portugal comprometeu-se em reduzir os consumos de energia em 20%. No entanto, o Estado estabeleceu uma meta mais ambiciosa que visa aumentar a sua eficiência energética em 30% até essa data. E novas metas estão igualmente em discussão para o horizonte 2030.

A definição do ambicioso objectivo tem por base, naturalmente, preocupações ambientais, mas também financeiras já que ela compreende importantes ganhos nas contas públicas.

Para a percussão destas metas, o Programa de Eficiência Energética na Administração Pública, “ECO.AP”, estabelecido através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 2/2011, de 12 de Janeiro, foi relançado publicamente ontem no decorrer da Conferência ECO.AP Summit promovida pela ADENE – Agência para a Energia, no âmbito de uma Operação cofinanciada pelo PO SEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Usos de Recursos.

A conferência ECO.AP Summit contou com altos responsáveis Governamentais e da Administração Pública; um representante da Comissão Europeia; uma representante das Nações Unidas; um ambientalista, um economista de renome e representantes de várias entidades públicas que irão apresentar alguns exemplos de casos de sucesso e apontar soluções para a concretização das metas definidas até 2020.

 

“Energia tem Eco no Futuro”

A Campanha de sensibilização, promovida pela ADENE e com o mote «A Energia tem Eco no Futuro», tem como principal desígnio envolver a Administração Pública na promoção da Eficiência Energética, através de um plano de acções inovadoras que decorrerão ao longo de 2018.

Esta campanha pretende sensibilizar os seguintes públicos-alvo:

- Gestores Locais de Energia, que são responsáveis pela dinamização de medidas de melhoria da eficiência energética na Administração Pública Central.

- Dirigentes superiores dos organismos públicos, que têm um papel decisivo no desenvolvimento de projectos de eficiência energética nas entidades por si dirigidas.

- Secretarias-gerais dos Ministérios, que, em muitos casos, têm competências em matéria de gestão do património edificado.

- Peritos Qualificados do Sistema de Certificação Energética dos Edifícios, que deverão ser intervenientes no processo de candidatura e de encerramento das operações materiais que venham a ser objecto de apoio pelo POSEUR no que diz respeito à Administração Pública Central.

João Paulo Girbal, Presidente do Conselho de Administração da ADENE – Agência para a Energia -, explica: “Para atingir objectivos e metas da Administração Pública no que se refere à eficiência energética, é necessário continuar a investir num conjunto de ações de apoio aos Gestores Locais de Energia, aos seus Dirigentes Superiores e a todos aqueles que pretendem implementar medidas de eficiência energética tendo em vista a redução de consumos e dando o exemplo junto do sector privado, assim como junto de todos os cidadãos, mas também com o intuito de reduzir os encargos do Estado com a factura de energia e desta forma, aliviar as contas públicas”.

 

Barómetro ECO.AP e comportamentos que saem muito caro…

Além de um conjunto de acções a divulgar durante a Conferência, será apresentado o novo Barómetro ECO.AP, cujo relançamento está previsto para o início do ano de 2018.

O Barómetro ECO.AP permite ao Estado conhecer os consumos de energia e as medidas em prol da eficiência energética dos seus Ministérios e outros organismos públicos.

Esta ferramenta, mais optimizada e automatizada, auxiliará os Gestores Locais de Energia na gestão dos consumos de energia das instalações da sua responsabilidade e facilitar a obtenção de mais informação sobre como contribuir para a melhoria contínua.

A redução da factura de energia do Estado passa por intervenções estruturadas nas instalações em que se verifique maior desperdício de energia, ou seja, onde a ineficiência prevalece quer através das soluções construtivas e técnicas, mas também através de pequenos gestos por parte de todos os utilizadores das instalações do Estado, sejam elas, escolas, hospitais, serviços de finanças, entre outros.

Por exemplo, ao desligar o carregador do portátil na ficha quando se sai do trabalho, pode-se poupar cerca de 0,80 €/ano. Se 500 mil funcionários e utilizadores da Administração Pública o fizerem, pode-se poupar cerca de 330.000 €/ano. Isto é equivalente ao consumo médio anual de energia elétrica de 1.000 famílias.