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“Startup Visa” arranca a 1 de Janeiro 2018

8 de novembro de 2017

É uma das grandes novidades nacionais deste Web Summit 2017, embora tenha passado algo despercebido, tal a avalancha de notícias e personalidades que todos os dias surgem do Parque das Nações onde o mega evento decorre até amanhã, quinta-feira.  

O anúncio de um novo programa de visto de residência exclusivo para empreendedores de economia digital, conhecido como “Startup Visa”, foi dado a conhecer logo na segunda-feira, dia inaugural do evento, através de comunicado do ministério da Economia e confirmado no dia seguinte pelo próprio titular da pasta, Manuel Caldeira Cabral, em pleno Web Summit.

A partir de 1 de Janeiro de 2018, os "jovens empreendedores de todo o mundo que queiram abrir uma empresa inovadora vão ter acesso rápido a um visto de residência que lhes permite criar ou mover a startup para Portugal", podendo também "integrar uma incubadora da rede Startup Portugal e beneficiar de todos os incentivos e apoios do Programa Startup Portugal".

Os empreendedores de estados terceiros poderão candidatar-se online através de uma plataforma que ficará "disponível a partir de Janeiro de 2018".

Para se candidatar o empreendedor precisa enviar a ideia da sua startup para avaliação segundo os critérios do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI) de Portugal.

Para os empreendedores internacionais que queiram ter acesso ao Startup Visa para conseguir a autorização de residência e trabalho no país, haverá que preencher 5 critérios principais:

a) A startup precisa desenvolver actividades empresariais de produção de bens e serviços inovadores;

b) A ideia do negócio precisa ser centrada em tecnologia e em conhecimento, com perspectiva de desenvolvimento de produtos inovadores;

c) A startup precisa ter potencial para criação de emprego qualicado;

d) A startup precisa ter potencial para atingir em 3 anos após o período de incubação um valor de 325 mil euros, ou um volume de negócios superior a 500 mil euros por ano;

e) Será feita a avaliação do potencial económico e inovador da empresa com base em grau de inovação, a escalabilidade do negócio e potencial de mercado, a capacidade da equipe de gestão e a relevância do requerente na equipe.

 

Um comentário

Ouvido pelo Diário Imobiliário, Fernando Goldman, da empresa de mediação Consultan, uma das que, após o eclodir da crise em 2008, mais tem trabalhado o mercado internacional, refere-nos: “O Startup Visa vem reforçar o interesse do governo Português em fomentar o desenvolvimento do país com base em acções de atracção de talentos e investimentos directos na economia; política que tem se mostrado acertada até o momento com os estímulos já existentes em outras indústrias, como a do Real Estate, em que actuamos”.

“Ficamos muito bem impressionados com as possibilidades de aplicação da tecnologia na actividade imobiliária – adianta o consultor imobiliário - , que vai tornar cada vez mais fácil e intuitiva a experiência do consumidor final. Estamos muito próximos de um nível de realidade virtual em que poderemos dar ao público a sensação de viver em uma casa antes mesmo de adquirí-la. E a consequente elevação do nível de satisfação de nossos clientes será o grande trunfo”.