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Residências para estudantes: Um investimento rentável

30 de outubro de 2017

Ainda que numa fase pouco madura, o sector de residências de estudantes em Portugal começa a atrair a atenção de investidores internacionais, isto, porque a procura é maior do que a oferta.

A Uniplaces - Plataforma Online de Alojamentos para Estudantes e a consultora imobiliária Worx juntaram-se para o desenvolver um estudo sobre o mercado das residências universitárias: “Estudo das Residências de Estudantes 2017”. E o estudo revela que actualmente, a procura é superior à oferta, sendo que "o aumento é devido à maior visibilidade de Portugal no mercado turístico aliado com a estratégia nacional de atracção de estudantes internacionais", aponta o relatório, constituindo uma oportunidade para novos investimentos.

Este mercado assegura ainda "incentivos à reabilitação urbana, a equação equilibrada custo/qualidade de vida, segurança e as boas condições climáticas de Portugal assumem-se como factores fundamentais que estão na génese da aposta de criação de novos espaços de alojamento".

No entanto, o estudo alerta ainda para pontos menos benéficos e que devem ser analisados com atenção, como a escassa oferta imobiliária, a reduzida dimensão do mercado nacional e a competição por parte do arrendamento tradicional, não profissionalizado paralelo.

Segundo o departamento de Research & Consulting da Worx, "este é um mercado que mesmo ainda não se encontrando consolidado no nosso país, está em plena expansão. O futuro passará por conseguir contornar os obstáculos existentes, para que este segmento de mercado tenha hipótese de crescer de forma sólida, organizada, profissional e consequentemente, proporcionar melhores condições aos estudantes influenciando também a imagem e reputação do nosso país".

A Uniplaces conclui que "o produto imobiliário para estudantes, em Portugal, conta com uma elevada margem de crescimento. Isto deve-se ao crescimento da população estudantil internacional, em mobilidade, associada a uma escassez da oferta de imobiliário. A disponibilização de mais opções e opções acessíveis em termos de preço deve ser vista como uma prioridade para o nosso país, como aponta o relatório hoje divulgado".

O estudo mostra que até um passado muito recente, o investimento nesta categoria de activo imobiliário era apenas encabeçado pelas próprias universidades. Exemplo disso é a aposta da Universidade de Lisboa numa nova residência de estudantes localizada na zona do Alto da Ajuda e que irá apoiar as 3 faculdades que detém nesta zona da cidade.

"Actualmente, o panorama começa lentamente a mudar e assistimos à entrada de novos operadores no mercado. No ano 2016, foi registada uma transacção de investimento por parte da Temprano Capital Partners com objectivo de reabilitar um edifício com 10.000 m2 para residências de estudantes com aproximadamente 330 estúdios, em Lisboa. Já em 2017, o novo player de mercado 68 Studentville, conta ter cerca de 100 quartos na cidade de Lisboa,distribuídos por um total de 3 edifícios, numa apostaem residências premium. Também a University Hub já manifestou os seus planos de expandir a sua rede de residências universitárias no prazo de 3 anos, num investimento avaliado em cerca de 20 milhões de euros. De origem alemã, a MPC Capital quer investir 50 a 100 milhões de euros para estabelecer-se no mercado de residências universitárias em Portugal. Já o Grupo Árabe MEFIC Capital e a britânica Round Hill Capital, querem dar o pontapé de partida num investimento de 100 milhões que compreende um projeto de reabilitação urbana que contempla a construção residencial com capacidade para 1.200 estudantes", avança o relatório.

Leia o estudo na íntegra AQUI