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Torres Vedras: Zona Norte vai ter um investimento de 19,1 M€

4 de abril de 2018

A Câmara de Torres Vedras vai investir 12,3 milhões de euros nos próximos 15 anos na requalificação urbanística dos bairros residenciais junto ao futuro museu do Carnaval, cujo projecto foi aprovado hoje de madrugada pela assembleia municipal.

O projecto de requalificação urbana foi aprovado por unanimidade e prevê, nos próximos 15 anos, um investimento total de 19,1 milhões de euros, dos quais 12,3 milhões públicos e 6,7 milhões através de privados.

Os residentes vão poder aproveitar incentivos a disponibilizar para reabilitarem as suas habitações.

Na assembleia municipal, o presidente da câmara, Carlos Bernardes (PS), explicou que a autarquia adquiriu vários imóveis para conseguir intervir de forma integrada.

A reabilitação de edifícios degradados é uma das principais intervenções e representa 35% do investimento total, refere o projecto.

A Câmara vai investir 12,3 milhões de euros a requalificar o espaço público, reabilitando edifícios degradados onde vai instalar serviços, como incubadoras de empresas.

Por outro lado, vai intervir na melhoria e reperfilamento de ruas, instalação de novo mobiliário urbano, melhoria da iluminação pública e de infraestruturas básicas, e criação de percursos pedonais e espaços verdes.

Com 724 residentes, 417 alojamentos e 230 edifícios, a Encosta de São Vicente, onde se localizam vários bairros residenciais, na entrada norte da cidade, “encontra-se numa situação marginal” face à cidade por estar “desqualificada urbanisticamente” e por ter uma localização periférica, factores que promovem o isolamento social dos seus habitantes.

O diagnóstico do projecto aponta para a existência de habitações degradadas - 5% estão em ruína e 20% em mau estado de conservação – espaço público degradado, más acessibilidades, isolamento social e cultural da população face à cidade, ausência de actividades ocupacionais para as pessoas e falta de dinamização do Forte e Capela de São Vicente.

O projecto insere-se no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) da cidade, que incluiu a requalificação do centro histórico da cidade e do Jardim do Choupal, obras inauguradas nos últimos anos.

No âmbito do PEDU, a assembleia aprovou ainda por maioria (com uma abstenção do deputado independente) a contração de dois empréstimos, no valor total de 800 mil euros, para assegurar os 15% do financiamento nacional para várias frentes de obras de requalificação urbana entre o Jardim do Choupal, reabilitado em 2015, e o futuro Centro de Artes e da Criatividade, a inaugurar em 2019.

Lusa/DI