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Reabilitacao

 

Número de novos edifícios deverá aumentar 89% em 2017

1 de abril de 2017

Número de novos edifícios deverá aumentar 89% em 2017, contudo já se verifica uma falta de edifícios por reabilitar no centro histórico de Lisboa.

De acordo com o estudo da consultora CBRE "Lisbon Residential Brick Index", começam a ser poucos os edifícios por reabilitar para venda no centro histórico, pelo que se prevê que se acentue a expansão da promoção para outras zonas da cidade e comecem a ser construídos mais projectos de raiz e com maior dimensão.

Atualmente encontram-se em construção mais de 180 edifícios, a maioria projetos de reabilitação (versus construção de raiz). Cerca de 100 deverão ficar concluídos até ao final de 2017, registando um aumento de 89% face ao ano passado e colocando no mercado mais de 1.000 novas fracções.

A zona que concentra o maior número de edifícios em construção é a da Baixa e Castelo, ultrapassando o Chiado, Bairro Alto e São Paulo, com cerca de 40 projectos em curso. Acentuou-se igualmente a construção nas Avenidas Novas, Campo de Ourique, Estrela e Lapa, assim como Liberdade e Príncipe Real.

No total, a consultora estima que tenham sido concluídos cerca de 53 edifícios de habitação na capital do país, mais 13 que em 2015, colocando no mercado um número superior a 550 fracções.

Mais de 1.200 fogos em comercalização

Do total de edifícios actualmente em construção, apenas cerca de 66 se encontram em comercialização, aproximadamente mais 25 que o verificado em 2015, colocando no mercado mais de 1.200 fogos. Contudo, do total de fogos concluídos em 2016 que foram alvo de comercialização ativa, somente 5% estão ainda disponíveis para venda, confirmando a elevada procura.

Segunda Francisco Sottomayor, director de Promoção da CBRE, "à semelhança do verificado no ano anterior, o número de apartamentos de dimensões reduzidas, isto é, estúdios, T1 ou T2, continua a representar 65% da atual oferta em comercialização, confirmando o claro posicionamento para o investimento no mercado de arrendamento de curta duração, resultante do boom turístico a que se tem assistido na cidade".

Existem apenas sete empreendimentos em construção e em comercialização com mais de 30 apartamentos, os quais, no entanto, totalizam um terço da oferta de novos apartamentos em Lisboa.

O preço médio dos fogos em construção e comercialização é de 5.960 euros/m2, um valor 7% superior ao registado em 2015. A zona com o valor médio mais elevado é o Chiado, Bairro Alto e São Paulo, seguida da Avenida da Liberdade e Príncipe Real, com preços de 6.700 euros/m2 e 6.620 euros/m2, respectivamente. Pelo contrário, o Lumiar e Alta de Lisboa regista o menor valor com cerca de 4.100 euros/m2, situando-se 31% abaixo do valor médio de mercado.

Os valores máximos unitários mais elevados chegam a atingir os 12.000 euros/m2.

O estudo mostra ainda que se verifica uma valorização de cerca 1.4% no valor médio dos fogos em imóveis que integram edifícios concluídos face aos que ainda se encontram em construção, reflectindo um acréscimo do valor nas últimas unidades a ser vendidas. Por outro lado, os imóveis que ainda se encontram em planta (não foi iniciada a construção), apresentam valores cerca de 7% superiores aos já concluídos, o que poderá evidenciar uma tendência de subida nos preços de habitação.

Mercado de arrendamento

Quanto ao mercado de arrendamento, a CBRE evidencia ainda uma subida substancial nos valores de arrendamento, confirmada pelos dados do SIR, segundo os quais, o valor médio dos arrendamentos contratados na cidade de Lisboa em 2016, foi de 830 euros mensais (10,6 euro/mês), revelando um acréscimo de 23% face ao período homólogo. Nos imóveis novos, este valor ascendeu a 1.070 euros mensais (13,8 euros /m2/mês). 

As zonas residenciais de Lisboa onde os valores de arrendamento são mais elevados são o Parque das Nações, com valores médios mensais de 1.080 euros (11,9 euros/m2) e as Avenidas Novas com 998 euros (11,8 euros/m2).