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Preços dos imóveis podem descer -4% até ao segundo trimestre de 2021

8 de outubro de 2020

Na apresentação da estratégia de investimento para o último trimestre do ano, o Bankinter revela que se assiste a algumas mudanças estruturais muito rápidas, principalmente no sector do imobiliário corporativo (escritórios) e no residencial, "sobre os quais vale a pena reflectir seriamente, enquanto ainda vamos a tempo", admite o banco no relatório.

O documento que analisa o investimento/outlook económico, indica que em relação ao mercado imobiliário, o sector tem mostrado muita resiliência até ao momento. "O número de transacções no terceiro trimestre de 2020 caiu -23% face ao primeiro trimestre, mas os preços mantiveram-se estáveis, tendo até registado uma ligeira subida de 0,8% face ao trimestre anterior. Vemos com naturalidade a queda do número de transacções. Além do trimestre ter sido marcado pelo período de confinamento, que terá impedido muitas prospecções e transacções de se realizarem, a incerteza terá também pesado sobre os eventuais compradores. Quanto aos preços, no agregado do ano, o índice de preços da habitação acumula uma subida de 7,4% face à média de 2019", explica Rafael Diogo, Analista Financeiro e de Mercados do Bankinter Portugal.

A análise do banco refere que é expectável que os preços no mercado imobiliário em Portugal se mantêm bem suportados. "O contexto de taxas de juro baixas durante um período prolongado e o gap entre procura e oferta, principalmente devido à falta de novos alojamentos em mercado, suportam o nível de preços. O nosso cenário base inclui uma queda máxima dos preços agregados de -4% entre o terceiro trimestre de 2020, e o segundo trimestre de 2021, a partir do qual prevemos uma recuperação gradual. Em termos anuais, isto equivale a um crescimento médio dos preços de 7,0% em 2020 (pressupõe um ajuste de -0,6% na segunda metade deste ano). Para 2021 e 2022, prevemos variações médias de -2,9% e +3,9%, respectivamente. Neste cenário o número máximo de transacções registado no 4T 2019 será superado no primeiro trimestre de 2022", lê-se no relatório.