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Pós-Brexit: Lisboa lidera na escolha para investimento imobiliário

19 de janeiro de 2019

Em todo o mundo, os especialistas estão a antecipar um abrandamento dos mercados imobiliários de luxo em 2019, no entanto, Lisboa surge como um investimento inteligente. A capital portuguesa, encabeça a lista de muitos players imobiliários, pelo seu fácil caminho para residência, a sua crescente popularidade como destino turístico, e o aumento substancial no valor dos imóveis, especialmente no centro da cidade.

De acordo com a publicação norte-americana Mansion Global, o abrandamento previsto pelos especialistas deve-se, a mudanças políticas como o Brexit e factores económicos como aumento das taxas de juros e actualizações do código tributário nos EUA, promulgado no início de 2018, podem encorajar investidores a terem mais cautela do que no passado, levando a menores aumentos de preços em 2019.

Liam Bailey, chefe global de research da Knight Frank, refere à Mansion Global que "os ciclos de propriedades das cidades mundiais de primeira linha estão mais sincronizados à medida que seus mercados financeiros se tornam mais integrados. Baixas taxas de juros, maior investimento institucional e aumento da riqueza deixaram a sua marca nos mercados mais importantes, mas também significa que as respostas políticas no mercado podem ter ramificações mais amplas globalmente".

Carrie Law, CEO e diretora de Juwai.com, indica ainda que "nenhuma cidade em 2019 verá o mesmo tipo de crescimento que vimos nos últimos anos". A responsável admite que existem várias cidades onde o crescimento não deverá sofrer grandes alterações para o próximo ano, tornando-os investimentos inteligentes. Como já referido, a especialista indica Lisboa, como a cabeça de lista de muitos especialistas imobiliários, "pelo seu fácil caminho para a residência, a sua crescente popularidade como destino turístico, e o aumento substancial no valor das propriedades, especialmente no centro da cidade. Madrid e Berlim oferecem acessibilidade em relação a outras capitais europeias - por enquanto. Paris, por sua vez, está a atrair mais compradores estrangeiros e a servir como uma cidade de entrada alternativa, na esteira do impacto do Brexit em Londres".

Desta forma, a Mansion Global, coloca Lisboa no topo da lista de cidades emergentes para investir em imobiliário para 2019, referindo que vários analistas imobiliários apontam a capital portuguesa como uma das cidades mais promissoras para investimento em 2019. "Os compradores e turistas estão a inundar a cidade portuguesa, atraídos pelo seu carácter histórico único e pela sua acessibilidade quando comparada com outras metrópoles europeias".

Mais uma vez o programa dos Vistos Gold de Portugal é considerado outro factor importante no boom imobiliário do país. "O programa dos Vistos Gold foram incrivelmente importante para o crescimento do mercado imobiliário", referiu Michael Valdes, vice-presidente global da Sotheby's International Realty. "A maioria dos investidores nesse programa têm sido os chineses. Assistimos aos preços começarem a aumentar, mas certamente esperamos muito crescimento futuro".

De facto, o artigo refere que Portugal registou um aumento de 12% nos preços das casas durante o primeiro trimestre de 2018. "O custo médio de aquisição de imóveis no centro da cidade de Lisboa aumentou 60% nos últimos cinco anos. E a S & P previu que Portugal estará entre os países com os maiores aumentos de preços imobiliários até 2021".

"Lisboa teve sucesso através do programa dos Vistos Gold - há histórias de regeneração e de crescimento de emprego naquela cidade", salienta Paul Tostevin, director associado de research mundial do escritório londrino da Savills.

Isso não significa que o mercado imobiliário de Lisboa tenha atingido o pico. Nas tendências emergentes da PricewaterhouseCoopers no sector imobiliário: a Europa 2019 relata que Lisboa é a melhor escolha para investimentos e perspectivas de desenvolvimento para 2019.

A seguir a Lisboa, como cidade emergente para investimento seguem-se Madrid, Paris, Berlim e Frankfurt.

Quanto ao mercado norte-americano, a Mansion chama a atenção para os sub-mercados que antes não figuravam no radar da cidade de Nova Iorque. Dando o exemplo da Amazon HQ2 que se deslocou para o Queens, enquanto os compradores estrangeiros podem encontrar novas oportunidades interessantes no leste e no sudeste da Ásia. Tais como Tóquio, assim como países como a Indonésia, Singapura e Malásia.