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Porto: Operação de Reabilitação Urbana da Corujeira vai em frente

19 de setembro de 2019

A Câmara do Porto quer aprovar na próxima reunião do executivo municipal o projecto que enquadra a Operação de Reabilitação Urbana (ORU) a desenvolver na Corujeira, em Campanhã.

O documento, que vai ser votado na reunião do executivo de segunda-feira, a autarquia lembra que a estratégia urbana para a cidade levou à delimitação da Área de Reabilitação Urbana (ARU) da Corujeira, aprovada na reunião da Assembleia Municipal de 19 de Março de 2018.

Esta ARU, continua o município, “corresponde à área mais central de Campanhã, sendo imediatamente contínua à ARU de Campanhã-Estação, já com o Operação aprovada”.

Em paralelo à delimitação da ARU da Corujeira, cujo alargamento foi aprovado por deliberação da Assembleia Municipal em 13 de Maio de 2019, foi decidido, levar a cabo o procedimento de definição de uma operação de reabilitação urbana (ORU) de tipo sistemático.

Em Abril, a câmara revelou que esta ORU tem previsto um investimento superior a 177 milhões de euros, 83,4 milhões suportados pelos privados, 65,4 pelo sector público e 28,8 milhões por parcerias público-privadas.

Segundo o documento apresentado, à data, a maior fatia dos 177,6 milhões de euros de investimento estimado diz respeito à reabilitação do edificado, cujo investimento ultrapassa os 124 milhões de euros.

Segundo o diagnóstico apresentado, 18,4% do edificado, na ARU da Corujeira, está em mau estado de conservação e em ruína e cerca de 52,8% dos edifícios tem mais de 50 anos. Esta ARU integra ainda oito bairros sociais, com 2.543 fogos e cerca de 6.000 residentes e cerca de 70 'ilhas', com 468 fogos habitados.

 

A ARU de Azevedo - Campanhã

Na mesma reunião do executivo municipal vai ser discutido o projecto de delimitação da Área de Reabilitação Urbana de Azevedo, Campanhã que abrange um território com 185 hectares com “fragilidades” sociais, económicas, habitacionais e infraestruturais.

O documento sistematiza a proposta de delimitação de uma área de reabilitação urbana inserida na zona oriental do Porto, compreendendo o antigo núcleo urbano de Azevedo e o território envolvente dos vales do rio Tinto e do rio Torto, na freguesia de Campanhã, designada por ARU de Azevedo.

Segundo o relatório, este território debate-se “com uma série de problemas e fragilidades em vários domínios, desde logo ao nível da obsolescência de certas infraestruturas e equipamentos, da acessibilidade e da habitação”.

Acresce que “o tecido social é marcado por uma acentuada vulnerabilidade que surge associada a uma débil condição económica conjugada com deficientes condições de habitabilidade dos alojamentos”, justificando, assim, uma intervenção de reabilitação integrada.

Em Janeiro, a Câmara do Porto anunciou um investimento de 2,6 milhões de euros na requalificação do espaço público de Azevedo, Campanhã, a executar até 2021 e com trabalhos de ligação de casas à rede pública de saneamento.

Estão em causa 14 arruamentos a intervir em três fases em Azevedo, na área mais oriental do Porto, bem como a tomada de posse administrativa de 188 prédios onde é necessário intervir em propriedade privada para cumprir o processo de ligação dos mesmos à rede pública de saneamento.

Já quanto às obras de requalificação de Azevedo, o vereador do Urbanismo esclareceu, à data, que a primeira fase contempla um investimento de 740 mil euros, estimando-se que a empreitada comece “no próximo ano” em cinco arruamentos, nomeadamente a rua e travessa da Levada, da Palheta e de São Paulo.

Quanto à fase dois, estão em causa 977 mil euros e o início da obra está previsto para o “segundo semestre de 2020”, na rua e travessa do Bacelo, em parte da Rua da Palheta e na “Rua do Meiral até à Travessa do Meiral”.

A fase três contempla 900 mil euros de investimento e decorrerá “ao longo de 2021”, nas ruas do Meiral, São Pedro, da Granja e Calçada de São Pedro.

Lusa/DI