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Oliveira de Azeméis: Quinta do Alméu em processo de classificação

21 de agosto de 2018

A Casa e Quinta do Alméu, em Oliveira de Azeméis, está em processo de classificação, o que o presidente da autarquia atribuiu hoje ao seu "valor histórico e arquitectura muito interessante".

Em causa está um solar que, datado do século XVIII, já há muito é descrito no ‘site’ do município como "o melhor conjunto arquitectónico da freguesia de Macinhata da Seixa" e ao qual a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) também atribui relevância por aspectos como a capela de Nossa Senhora da Guia, com "um retábulo de talha dourada, colunas salmónicas e com parras".

O presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, realça que a autarquia não está envolvida no processo, uma vez que a classificação do imóvel é um processo sob tutela do Governo, mas reconhece: "A propriedade tem realmente valor histórico e uma arquitectura muito bonita e interessante".

Segundo o Sistema de Informação para o Património Arquitectónico, a propriedade do Alméu é composta por um edifício residencial inserido numa "quinta vedada por alto muro a ladear o flanco sudeste da antiga Estrada Real".

Além da já referida capela, o imóvel exibe uma ampla entrada, jardim, albergaria, casa de lavoura e de caseiros - sendo que todos esses espaços datam da "primeira metade do século XVIII, no estilo tradicional anterior".

A fachada principal do solar, de traça nobre, dispõe-se por "cinco vãos, todos de lintel e cornija", e, na encosta a descer para a esquerda, há "um piso de lojas" a partir do qual se abre um átrio "destinado à descida das [antigas] carruagens no mau tempo".

O interior da residência, por sua vez, faz-se com salas de tectos antigos em madeira, "no tipo de gamela alongada, de apainelados". Para o centro de um deles, a actual família proprietária adaptou um painel datado de 1737 e pintado em policromia, exibindo "das armas dos antigos senhores do vínculo: esquartelado de Aranhas, Brandões, Henriques e Soares - os chamados de Toledo".

Desde 1911 que a casa é propriedade privada e encontra-se, actualmente, bastante degradada.

Lusa/DI