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Lisboa: produtos dos mercados municipais entregues em casa

26 de maio de 2020

O vereador do BE na Câmara de Lisboa vai propor a criação de uma rede de entregas ao domicílio dos produtos dos mercados municipais, alargando um serviço que já é fornecido em alguns deles às 24 freguesias da cidade.

A proposta, que vai ser discutida na reunião pública da autarquia agendada para quarta-feira, prevê “a implementação de uma rede municipal de entregas locais para apoio aos mercados municipais e aos pequenos comerciantes, dotando-se dos recursos humanos necessários para o efeito”.

O objectivo é modernizar as entregas dos mercados municipais, “levando-as a mais casas e assegurando o distanciamento social ainda necessário”, de acordo com uma nota do gabinete do vereador com o pelouro dos Direitos Sociais, Manuel Grilo.

"A proposta do Bloco centra-se em três pontos: um serviço público de entregas, apoio aos comerciantes na utilização de ferramentas informáticas e um apoio às tesourarias, tão necessário depois de dois meses sem facturação", refere Manuel Grilo, citado na nota.

Salientando que por toda a cidade se veem motas e bicicletas “com precários mal pagos a levar comida e bens onde são necessários”, o vereador do BE defende que a autarquia precisa de “acompanhar esta onda, mas de outra forma”.

 

Expandir o consumo de produtos frescos

 

“Precisamos de expandir a presença dos produtos frescos dos nossos mercados, chegando a quem não consegue ir aos mercados, mas garantindo que quem faz as entregas tem um vínculo público, condições laborais dignas, assim como um salário garantido", preconiza.

Com esta medida, defende o BE, partido que tem um acordo de governação da cidade com o PS, será possível alargar um serviço que já é fornecido por alguns mercados da cidade, “mas que, com apoio da Câmara Municipal de Lisboa, tem possibilidade de se estabilizar e expandir para todas as 24 freguesias”.

Na proposta que será discutida na quarta-feira, está ainda previsto apoiar, em conjunto com as Juntas de Freguesia, os pequenos comerciantes na utilização de ferramentas informáticas e soluções ‘web’ para as encomendas e a criação de um programa de apoio de tesouraria para estes pequenos negócios.

Com o apoio à tesouraria do pequeno comércio e a literacia informática dos comerciantes, o serviço de entregas poderá, no futuro, ser alargado a outras áreas, como as “Lojas com História” e as livrarias independentes, defende o BE na nota.

Lusa/DI