Lisboa: Vereadores do PSD querem contentores fora de Alcântara
Os vereadores do PSD na Câmara Municipal de Lisboa vão apresentar, na próxima reunião do executivo, uma moção para que o "movimento de contentores" saia de Alcântara, transferindo-se a actividade logística do terminal "para alternativas na margem sul".
De acordo com o documento, os vereadores João Pedro Costa e Teresa Leal Coelho pedem ao restante executivo (de maioria socialista) que seja manifestada "junto do Governo, a vontade do município em ser parte activa na definição das orientações do desenvolvimento integrado dos Portos de Lisboa e Setúbal".
Com esta decisão, os eleitos querem que seja consensualizada "uma estratégia consistente no tempo e que respeite à melhor especialização e adequação de cada um dos respectivos portos".
A moção prevê também que a Câmara Municipal de Lisboa delibere "estabelecer que, num prazo razoável, mas não muito longo, o movimento de contentores na Área Metropolitana de Lisboa saia de Alcântara, hoje uma zona fechada à cidade, transferindo-se a sua actividade logística para alternativas no Barreiro, em Setúbal, ou outras que se venham a julgar por adequadas".
Em declarações à agência Lusa, o vereador João Pedro Costa apontou que o prazo para esta passagem terá de estar relacionado com "o 'timing' da construção do terminal alternativo, seja no Barreiro, seja noutro local", e deverá acontecer "numa lógica de gestão integrada".
"A zona de Lisboa não pode viver sem terminal de contentores, precisa de um terminal eficiente e à escala da economia da Área Metropolitana e de metade do país", salientou o eleito.
Numa resposta enviada à Lusa na semana passada, o Ministério do Mar estimou que o Terminal Multimodal do Barreiro poderá ser concessionado em 2020, sendo que ainda este ano deverá ser entregue uma Proposta de Definição de Âmbito à Agência Portuguesa do Ambiente, que está a analisar o projecto.
Apontando que "a construção do Terminal do Barreiro não é justificada pela necessidade de 'aliviar a frente rio'", o Governo explicou também que "os estudos técnicos, de mercado e económico-financeiros concluem pela viabilidade económico-financeira da coexistência das duas concessões": Barreiro e Alcântara.
Lusa/DI