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Lisboa: Vereadores do PSD querem contentores fora de Alcântara

13 de dezembro de 2017

Os vereadores do PSD na Câmara Municipal de Lisboa vão apresentar, na próxima reunião do executivo, uma moção para que o "movimento de contentores" saia de Alcântara, transferindo-se a actividade logística do terminal "para alternativas na margem sul".

De acordo com o documento, os vereadores João Pedro Costa e Teresa Leal Coelho pedem ao restante executivo (de maioria socialista) que seja manifestada "junto do Governo, a vontade do município em ser parte activa na definição das orientações do desenvolvimento integrado dos Portos de Lisboa e Setúbal".

Com esta decisão, os eleitos querem que seja consensualizada "uma estratégia consistente no tempo e que respeite à melhor especialização e adequação de cada um dos respectivos portos".

A moção prevê também que a Câmara Municipal de Lisboa delibere "estabelecer que, num prazo razoável, mas não muito longo, o movimento de contentores na Área Metropolitana de Lisboa saia de Alcântara, hoje uma zona fechada à cidade, transferindo-se a sua actividade logística para alternativas no Barreiro, em Setúbal, ou outras que se venham a julgar por adequadas".

Em declarações à agência Lusa, o vereador João Pedro Costa apontou que o prazo para esta passagem terá de estar relacionado com "o 'timing' da construção do terminal alternativo, seja no Barreiro, seja noutro local", e deverá acontecer "numa lógica de gestão integrada".

"A zona de Lisboa não pode viver sem terminal de contentores, precisa de um terminal eficiente e à escala da economia da Área Metropolitana e de metade do país", salientou o eleito.

Numa resposta enviada à Lusa na semana passada, o Ministério do Mar estimou que o Terminal Multimodal do Barreiro poderá ser concessionado em 2020, sendo que ainda este ano deverá ser entregue uma Proposta de Definição de Âmbito à Agência Portuguesa do Ambiente, que está a analisar o projecto.

Apontando que "a construção do Terminal do Barreiro não é justificada pela necessidade de 'aliviar a frente rio'", o Governo explicou também que "os estudos técnicos, de mercado e económico-financeiros concluem pela viabilidade económico-financeira da coexistência das duas concessões": Barreiro e Alcântara.

Lusa/DI