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Lisboa: Salve-se o palacete da Viscondessa de Valmor!

23 de setembro de 2018

Quem passa pelo nº 38 da Avenida da República não pode deixar de ficar chocado com o estado de abandono a que foi votado uma das poucas casas apalaçadas que sobreviveram de demolição, das muitas que existiam naquela artéria principal da capital na primeira metade do séc. XX.

Projectada pelo arquitecto Miguel Ventura Terra, a casa foi construída nos anos de 1905 e 1906 para a viúva do Visconde de Valmor, D. Josefina Clarisse de Oliveira. O edifício constituído por três volumes - e distinguido com o Prémio Valmor de 1906 - “revestido a pedra lisa, traduz um ecletismo na sua decoração, conjugando elementos neo-românicos, neo-clássicos, de Arte Nova, para além de fazer alusão ao padrão da Casa Portuguesa”, diz um site da especialidade. A casa está inserida num lote 1.280 metros quadrados, o que lhe confere uma exposição ainda de maior registo e notoriedade.

A partir de 1983, a casa foi arrendada para ser sede sede do Clube de Empresários e do seu sofisticado restaurante mas, em 2007, o restaurante viria a ser fechado pela ASAE e o projecto definitivamente gorado.

Actualmente são visíveis os muitos estragos que atingem o edifício e tendem a agravar-se exponencialmente, já que muitas dos vidros das janelas do imóvel estão partidos (propositadamente?), permitindo a entrada das águas das chuvas, dos pombos, da ruína...

O palacete foi declarado Imóvel de Interesse Público em 1977.