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Investimento imobiliário movimentou 3,5 mil milhões de euros em Portugal em 2019

10 de janeiro de 2020

A CBRE cresceu 22% em 2019, uma performance recorde que a consultora imobiliária conquista pelo quinto ano consecutivo e revela que o investimento imobiliário em Portugal movimentou 3,5 mil milhões de euros.

Trata-se do melhor ano de sempre da história da CBRE Portugal no que respeita a volume de negócio. As operações em Lisboa apresentaram um crescimento de 15,5% e o escritório do Porto aumentou em mais que o dobro a sua receita, fruto do dinamismo da região norte em matéria de transacções imobiliárias. 

Para o director geral da CBRE em Portugal, Francisco Horta e Costa, “os últimos cinco anos têm sido de excepcionais, mas 2019 foi o melhor ano da história da CBRE em Portugal. O investimento imobiliário em Portugal chegou aos 3,5 mil milhões de euros em 2019, garantido uma dinâmica ímpar até à data. A capacidade de resposta da CBRE, nos mais diversos segmentos, às exigências dos investidores nacionais e estrangeiros que mantêm Portugal no seu radar de investimento, ditaram estes resultados recorde”.

A acompanhar a tendência global do sector em 2019, que ficou marcado pela transacção de diversos portefólios e carteiras de fundos de investimento imobiliário, bem como um forte  investimento alocado ao sector dos hotéis, as áreas de negócio da CBRE que registaram maior crescimento em 2019 foram Agência de Retalho, Property Management e Capital Markets, com especial enfoque na área de Hotéis. Destaque ainda para a área de Avaliações e Consultadoria, que aumentou de forma expressiva o número de operações junto de clientes internacionais (75% do total da carteira de clientes são estrangeiros), comprovando a confiança dos investidores na CBRE.

A CBRE refere ainda que entre as operações em destaque durante o último ano na área de Capital Markets, assinala-se a transacção de edifícios icónicos como o D. Manuel II, no Porto, o Fontes Pereira de Melo 41 ou o Alexandre Herculano 50 , em Lisboa, a venda de terrenos na Alta de Lisboa e a venda do edifício da Nestlé num processo de Sale & Leaseback, tendo em cada operação a CBRE representado os seus respetivos vendedores. Na transacção de portfolios de edifícios de escritórios, destaca-se o portefólio Arya tendo a CBRE assessorado a Fidelidade na venda, assim como em portfolios de edifícios de habitação para arrendamento adquiridos por seguradoras, nomeadamente a AXA, a CBRE atuou em representação dos compradores. Por fim, a transacção de três centros comerciais da Sonae Sierra - LouresShopping, Oitava Avenida e RioSul Shopping - representando o comprador (Harbert) ficaram também a cargo da CBRE, sendo que a gestão dos mesmos passará a ser protagonizada pelo Departamento de Property Management da CBRE.

No que respeita a Escritórios, destaque para o arrendamento de  7.000m2 à Cuatrecasas que terá a nova sede no antigo edifício da Liberty, em plena Fontes Pereira de Melo, bem como o arrendamento do Edifício Lisboa na Expo à Ericsson, totalizando cerca de 1.500m2. Em ambas as operações, a CBRE actuou em representação dos proprietários, a Explorer Investments e a Marathon Asset Management, respectivamente.

Em Retalho, destaque para a colocação de insígnias de grande notoriedade como a BA&SH e a Dolce & Gabbana na Av. da Liberdade, da abertura FNAC de dois pisos que totalizam 1500m2 no Fórum Aveiro e o reforço da ocupação do UBBO com colocação das lojas Kiwoko, Snipes e Sleep 8, um centro comercial gerido e comercializado pela CBRE. Totalizaram-se 92 novas colocações.

Sobre as perspectivas para 2020, Francisco Horta e Costa levanta o véu sobre as conclusões do estudo que será apresentado no próximo dia 30 de Janeiro, no Cineteatro Capitólio, na IV conferência da CBRE Tendências do Imobiliário: “Tudo indica que o imobiliário vai manter uma dinâmica bastante positiva em 2020 e que ainda não é desta que o mercado vai abrandar. Existe uma procura sustentada e saudável por parte dos investidores que é transversal aos diferentes sectores e que vai permitir que se desenvolvam e transaccionem vários projectos, desde os escritórios ao residencial, passando pela hotelaria e pelos novos conceitos de ‘living’”, assinala.

O director da CBRE antevê ainda que “reabilitação continuará o seu curso e iremos assistir a uma cada vez maior descentralização dos projectos residenciais, nomeadamente de construção nova, para zonas mais periféricas ou mesmo para concelhos limítrofes aos de Lisboa e Porto.  Aliás, não faltarão investidores em 2020 para imobiliário de rendimento em todos os sectores, mantendo-se a pressão em baixa das taxas de rentabilidade (yields) em virtude de um contexto continuado de baixas taxas de juro. Este investimento terá essencialmente a cidade de Lisboa como destino, mas o Porto começa a despontar cada vez mais no radar destes investidores, à medida que vai sendo criado produto apetecível aos investidores e que cumpre os requisitos de procura em termos de dimensão e qualidade”, salienta.