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Internacional

 

 

Primeira Igreja Católica em África vai ser restaurada

24 de janeiro de 2019

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário na Cidade Velha, Ilha de Santiago, em Cabo Verde, o primeiro local de culto católico em África vai ser reabilitada. A reabilitação resulta da formalização de um protocolo firmado entre Portugal e Cabo Verde e implicará obras que deverão ascender a 600 mil euros.

O documento, rubricado esta terça feira, 15 de Janeiro de 2019, pelo Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, e pela secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal, Teresa Ribeiro, é fruto de uma parceria entre os dois países que contempla um financiamento de cerca de cinco milhões de contos a ser executado pelo Instituto do Património Cultural e as universidades de Aveiro e de Nova Lisboa.

O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, um dos signatários do protocolo, o outro foi a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal, Teresa Ribeiro, em nome do Governo de Cabo Verde agradeceu a concretização do projecto que não só vai ajudar a restaurar a igreja e preservar a história do país nesse local “Património Mundial da Humanidade”, como também capacitar técnicos de conservação e restauro de edifícios históricos.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário é o único movimento gótico no continente africano. Em termos arquitectónicos a Igreja possui características típicas da arquitectura quinhentista, com planta rectangular, contrafortada, de espaço único, altar-mor sobre supedâneo de cinco degraus. Faz parte da estrutura atual, de influência manuelina, arco quebrado, ladeado por duas gárgulas, cobertura em abóbada de nervuras com fechos policromos.

O Padre António Vieira pregou nesta Igreja, Vasco da Gama na sua viagem à Índia recebeu nesta Igreja as bênçãos para a viagem, Cristóvão Colombo a caminho das Américas esteve também nesse templo. A Cidade Velha, onde a capela se integra, foi classificada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como Património Mundial da Humanidade a 10 de Maio de 2009.