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Internacional

 

Prevê-se que a economia mundial cresça 5% em 2021

9 de fevereiro de 2021

A deterioração económica provocada pela pandemia será sentida com maior força em 2021 nos mercados laborais e nas insolvências e, a médio prazo, na posição fiscal dos países.

A Crédito y Caución prevê que a economia mundial se recupere em 2021 da grande recessão económica do primeiro semestre de 2020, causada, em grande medida, pelo impacto da pandemia. Contudo, o ritmo da recuperação dependerá muito da efectividade dos planos de vacinação e do final dos confinamentos. O apoio fiscal e monetário será crucial para suportar a actividade. Apesar disso, a deterioração económica provocada pela pandemia sentir-se-á mais fortemente em 2021 nos mercados laborais e no número de falências empresariais e, a médio prazo, na posição fiscal dos países.

Segundo as previsões da seguradora de crédito, as economias avançadas crescerão 3,9% em 2021, contrariando a queda acumulada do PIB registada em 2020. Parte das incertezas que pesavam sobre o mercado global desapareceram. Nos Estados Unidos, espera-se que a nova Administração adopte uma política mais ortodoxa. Por outro lado, o acordo comercial entre a União Europeia e o Reino Unido implica maiores barreiras comerciais, mas põe fim à possibilidade de um hard Brexit.

Contudo, as infecções por Covid-19 ainda se mantêm em alguns dos principais mercados avançados e as medidas de confinamento continuam restritivas. Devido a esta situação, a maioria dos mercados não terá condições para que em 2021 o PIB recupere os seus níveis pré-pandemia. Os mercados emergentes da Ásia foram mais eficazes na gestão do vírus. A China evitou a recessão e espera um crescimento de 8,8% em 2021 devido à procura encaixada. A América Latina obteve piores resultados. O México que recebeu um apoio fiscal limitado enfrenta uma recuperação prolongada, enquanto o Brasil que lançou ajudas fiscais consideráveis limitou a profundidade da recessão em 2020. De acordo com as previsões actuais, um bom ritmo de vacinação conduziria a uma redução permanente das restrições de circulação a meio do ano. Contudo, se os calendários forem mais lentos do que o previsto e as medidas de distanciamento social se mantiverem durante o segundo semestre, as empresas poderiam adiar ou cancelar os seus investimentos devido à incerteza quanto à procura futura de bens e serviços. Este cenário abrandaria a recuperação económica.

"A recessão de 2020 foi única no sentido em que o PIB e o comércio foram gravemente afectados, mas as insolvências mantiveram níveis baixos graças aos estímulos fiscais e ao congelamento temporal dos processos de insolvência em muitos mercados. No entanto, esta situação poderá mudar drasticamente assim que os estímulos terminem. A gestão prudente do crédito, incluindo a atenção dada à estabilidade financeira de cada empresa e dos seus clientes, continua a ser primordial para o sucesso", declarou o CMO da Atradius, Andreas Tesch.