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Internacional

 

Fluxos de capital: A crescer, sem arrefecer

17 de novembro de 2017

No primeiro semestre de 2017, a Alemanha ultrapassou o Reino Unido como o país Europeu mais activo no investimento em imobiliário. Contudo, no segundo semestre, destaca-se o bom desempenho do Reino Unido no terceiro trimestre e a importância crescente de Espanha, segundo a Colliers International.

O relatório da Colliers "Capital Flows: Developing not Cooling", demonstra que os fluxos de capital no imobiliário mundial continuam muito fortes, com as aquisições no primeiro semestre a igualarem os números de 2016 e 2015. Contudo, estes números escondem uma alteração da tendência entre regiões, com o investimento na Ásia e Pacífico a crescer, induzidas pela reorientação do capital Chinês, enquanto a actividade nos EUA e na EMEA continuam a mostrar sinais de abrandamento, com sintomas de fim de ciclo.

Segundo Richard Divall, líder da divisão de Capital Markets da Colliers EMEA, "apesar dos controlos regulamentares, o capital Chinês continuará a ser importante no investimento mundial, mas o enfoque do investimento será em regiões diferentes. Na Ásia e Pacífico, o investimento é muito mais forte em terrenos e promoção, enquanto na Europa privilegia activos geradores de rendimento, sobretudo em mercados primários". 

A Alemanha ultrapassou o Reino Unido no primeiro semestre, registando um volume de 33 mil milhões de euros. "Com 6 das 12 principais cidades (e 8 das 20) de destino do investimento na Europa, diversidade no investimento, para além da força regulamentar da economia, deverão impulsionar um bem sucedido final de ano e abrir boas perspectivas para 2018", salienta Divall.

Ao nível das cidades, as três principais mantêm-se inalteradas, com Londres a atrair o triplo do investimento, quer de Paris, quer de Berlim. Frankfurt é, agora, a quarta cidade mais ativa e Madrid, a quinta, ascendendo do oitavo lugar.

Na Europa, o investimento tem vindo a diversificar-se por sectores. O sector residencial continua a sua trajectória ascendente, representando 15% da actividade total do primeiro semestre. Contudo, não atingiu ainda os níveis da América do Norte, o que pode sugerir espaço para crescimento.