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Internacional

 

 

Acionista chinês da TAP compra 25% da cadeia hoteleira Hilton

25 de outubro de 2016

O grupo chinês HNA, acionista da TAP através do consórcio Atlantic Gateway e da companhia brasileira Azul, chegou a acordo para comprar 25% do capital da cadeia hoteleira norte-americana Hilton, anunciou hoje em comunicado.

O negócio, que deverá concretizar-se no primeiro trimestre do próximo ano, prevê o pagamento de 6.500 milhões de dólares (5.975 milhões de euros) ao fundo Blackstone, que reduz assim a sua participação no capital do Hilton para 21%.

O HNA pagará 26,25 dólares norte-americanos (24,1 euros) por cada ação da cadeia hoteleira, uma quantia 15% superior à sua cotação actual e passará a ser o maior acionista do grupo hoteleiro. Não é uma entrada do grupo chinês no sector da hotelaria, já que ele possui participações nos grupos NH Hotels, Pierre&Vacances/Center Parcs e Red Lion Hotels, mas é, sem dúvida, uma posição preponderante num dos grupos top da hotelaria mundial de luxo: a Hilton possuí cerca de 2500 hotéis em mais de oitenta países…

Em comunicado, o grupo chinês considerou o negócio um "investimento estratégico", visando também as empresas que o grupo norte-americano pretende criar: Park Hotels&Resorts e Hilton Grand Vacations.

A HNA ficará com 25% do capital de cada uma das empresas.

O acordo prevê que o grupo chinês - que actua nas áreas de turismo, aviação, imobiliário e logística - tenha direito a nomear dois dos dez membros do conselho de administração do Hilton.

A Blackstone manterá dois membros no conselho de administração, incluindo o seu actual presidente, Jon Gray.

A empresa chinesa HNA detém indiretamente cerca de 20% do capital da TAP, através de uma participação de 13% na Azul (companhia do brasileiro David Neelman que integra a Atlantic Gateway) e uma participação de sete por cento na Atlantic Gateway.

Em Fevereiro passado, a HNA comprou a distribuidora de tecnologia norte-americana Ingram Micro, por 6.000 milhões de dólares (5,3 mil milhões de euros), e acordou pagar 1,3 mil milhões de euros pela Gategroup, a segunda maior empresa de 'catering' de aviões do mundo.

Lusa/DI