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Plataforma portuguesa de inteligência artificial para imobiliário recebe 1 milhão de euros

28 de outubro de 2020

A startup portuguesa Reatia, plataforma de inteligência artificial agregadora de imóveis disponíveis no mercado, foi investida em 1 milhão de euros. A ronda de investimento contou com três investidores: a Olisipo Way, a Portugal Ventures e a Wisenext.

A startup revela que este passo vai permitir à Reatia expandir para outros mercados europeus assim como consolidar-se como líder no mercado onde já opera. Para além disso, até ao final do primeiro trimestre de 2021, a Reatia planeia reforçar as equipas de desenvolvimento, vendas e suporte com mais vinte pessoas, só em Portugal. Até ao final do próximo ano, a equipa deverá chegar aos 50 trabalhadores.

De referir que a Reatia recorre à inteligência artificial e à programação neurolinguística para agregar informação sobre os imóveis disponíveis no mercado. Através da plataforma, os agentes imobiliários podem ter acesso a métricas e informação fidedigna sobre o mercado imobiliário, actualizadas diariamente. A tecnologia desenvolvida pela Reatia permite identificar imóveis duplicados com mais eficácia e rapidez, e aumentando o seu potencial para a escalabilidade do negócio.

“Sabemos que temos um conhecimento único do mercado e sabemos tratar os dados com a inteligência artificial, daí o grande crescimento que tivemos desde o nosso lançamento.”, explica Hugo Venâncio, fundador e CEO da Reatia. “Durante o tempo de confinamento, aproveitámos o grande fluxo de novos utilizadores, e continuámos a desenvolver novas ferramentas, como a Property Valuation Pro - uma ferramenta de simulação de avaliação de imóveis”, acrescenta.

O responsável lembra que desde janeiro de 2020, a Reatia teve um crescimento de mais de 500% no número de utilizadores, entre eles agentes de grandes marcas de agências imobiliárias, como é o caso da Remax Portugal, até às empresas familiares do ramo.

Para José Serra, fundador e managing partner da Olisipo Way, "quando uma solução tecnológica se torna numa componente importante para o desempenho profissional de alguém, como é o caso da Reatia para os profissionais do imobiliário, a confiança que inspira aos seus utilizadores é absolutamente crucial. A Reatia soube afirmar-se pela transparência e verdade, pela solidez e a inovação, pela liderança e capacidade de oferecer sempre mais do que estão à espera dela. Foi isso que tornou a Reatia num elemento intrínseco, que se encontra hoje na essência do próprio negócio imobiliário em Portugal. Foi esse valor que trouxe aos profissionais do setor que determinou o seu sucesso. A Reatia é hoje um bom exemplo do engenho português que vai certamente prestigiar Portugal no mundo".

Também Rui Ferreira, vice-presidente da Portugal Ventures, este investimento foi uma aposta: “É com grande expectativa que a Portugal Ventures investe no projecto Reatia e na equipa liderada por Hugo Venâncio, que desenvolve, com recurso a IA, uma plataforma agregadora de imóveis particulares e de agências imobiliárias, inovadora para o acompanhamento do mercado imobiliário. Este investimento irá permitir que a Reatia introduza novos desenvolvimentos na sua plataforma, aumente a equipa e expanda a sua actividade em 2021, para novos mercados”.

Paulo Santos, fundador e managing partner da Wisenext, explica igualmente as razões que levaram a empresa de investimento a apostar nesta startup: “liderada por promotores que apresentam uma maturidade rara na forma como gerem o negócio, desenvolveu métodos criativos de agregação de dados, potenciados pelo uso de tecnologia inovadora, incluindo a inteligência artificial e a visão computacional”.

De recordar ainda que este ano, Hugo Venâncio foi distinguido como um dos dez finalistas do Prémio João Vasconcelos - Empreendedor do Ano 2020, da Startup Lisboa, destacando-se a rapidez com que conduziu a startup à liderança no mercado. A Reatia recebeu o primeiro investimento ainda no primeiro ano de operações (2018) para o desenvolvimento da sua tecnologia e é uma empresa financeiramente sustentável desde o seu primeiro ano de actividade.