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Governo quer mais investimento norte-americano em Portugal

23 de abril de 2017

O ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, afirmou ontem que o Governo quer mais investimento dos Estados Unidos e deseja que os norte-americanos conheçam melhor Portugal.

O ministro assumiu estas posições antes de um almoço da conferência anual promovida pela Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento (FLAD).

Na sua intervenção, Eduardo Cabrita não desenvolveu a questão mais delicada relacionada com o futuro da Base das Lajes, mas referiu-se ao crescimento do turismo e à existência de projectos de carácter científico para a ilha Terceira nos Açores.

"Os Estados Unidos são hoje o quinto maior parceiro comercial de Portugal e o maior fora da União Europeia - e queremos aprofundar estas relações na área financeira, do turismo, do imobiliário, para além das ligações históricas nas áreas da segurança e da defesa. Queremos trazer mais investimento americano e queremos que os americanos conheçam melhor Portugal", declarou Eduardo Cabrita à Lusa.

Na vertente económica e financeira, o ministro Adjunto aludiu a recentes investimentos dos Estados Unidos na área seguradora em Portugal e considerou positiva a entrada do grupo Lone Star no capital (com 75%) no Novo Banco, evitando-se assim "a liquidação de uma importante instituição financeira para o sector empresarial nacional".

Eduardo Cabrita adiantou ainda que "uma das alterações vai facilitar que os netos de portugueses tenham direito à nacionalidade portuguesa. Qualquer nascido nos Estados Unidos que tenha um avô ou uma avó portuguesa, se o invocar, passa a ter direito quase automaticamente a aceder à nacionalidade portuguesa".

O ministro aproveitou também para deixar uma crítica velada à corrente isolacionista que suporta o atual chefe de Estado norte-americano, Donald Trump: "Respeitamos as opções do povo norte-americano e as alterações políticas típicas das democracias, respeitamos também a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia. Mas uma Europa unida é decisiva para Portugal e é decisiva para a paz no mundo. A alternativa à Europa unida é o risco de novas guerras mundial", advertiu

Lusa/DI