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Oito tendências que vão definir o futuro do trabalho

25 de fevereiro de 2021

A CBRE acaba de divulgar o relatório ‘Real Estate Strategy Reset’, com as principais tendências que vão definir e orientar o futuro do trabalho nos próximos anos. O estudo identifica oito factos, divididos entre quatro prioridades – Talento, Localização, Ocupação e Design e Experiência –, que vão guiar e influenciar estratégias, assim como um conjunto de considerações a ter em conta na avaliação de decisões de curto e longo prazo.

O relatório revela que no campo do Talento, empresas e líderes que actuem com confiança nas equipas e deleguem responsabilidade e autonomia estão mais próximos de ganhar vantagem competitiva na luta pelo talento: à medida que as equipas regressem ao escritório, factores como a flexibilidade e a liberdade de escolha originará novos comportamentos, principalmente na forma como as pessoas se relacionam com o espaço e em que momento decidem fazê-lo (facto 1). Por outro lado, o espaço de trabalho terá que ser repensado à luz de um formato de trabalho híbrido e de equipas mais distribuídas (facto 2).

O domínio da Localização é fortemente marcado pelos novos padrões migratórios, pelas novas dinâmicas de transportes públicos, densidade populacional e infraestruturas de comunicação, que começam a influenciar a escolha da localização. Para este pilar, a CBRE revela mais dois factos: as estratégias de descentralização dos escritórios estão a emergir como uma das ferramentas para apoiar os colaboradores atuais e atrair novos elementos para a equipa (facto 3); e a migração para locais mais baratos e com melhor qualidade vai continuar e Portugal encontra-se muito bem posicionado nesse campo (facto 4).

Na área da Ocupação, as empresas estão a focar-se em decisões rápidas que maximizem a flexibilidade num contexto de incerteza crescente. Assim, as empresas que tenham capacidade de planeamento irão manter-se à frente da sua concorrência no contexto imobiliário (facto 5), uma vez que as soluções de flexibilidade permitem uma adaptação mais fácil à utilização do espaço e os ocupantes veem-nas de uma forma cada vez mais positiva (facto 6).

Por fim, o pilar do Design e Experiência, caracterizado pelo novos standards de design e tecnologia focados no bem-estar, produtividade e comunicação, irá motivar as equipas nos panoramas físico e virtual da pegada imobiliária. O novo espaço de trabalho será crucial para assegurar o bem-estar, a produtividade e o compromisso de colaboradores que irão estar cada vez mais dispersos (facto 7). No mesmo sentido, as tecnologias digitais vão permitir criar edifícios mais inteligentes e eficientes, que melhorem a experiência do colaborador, incluindo a criação de ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis (facto 8).

Cristina Arouca, Diretora de Research da CBRE, indique que “na CBRE acreditamos que a estratégia imobiliária terá que ser repensada à luz de novos factos e considerações sobre o trabalho e que estes terão que ser constantemente explorados e desconstruídos. O futuro trará realidades empresariais muito distintas, pelo que será fulcral que os líderes das organizações olhem para o negócio de forma criteriosa e que ajustem a sua estratégia”.

Já André Almada, Senior Director Offices Advisory & Transaction da CBRE, refere que “a pandemia de Covid-19 mudou radicalmente o paradigma de decisão dos ocupantes de escritórios. As empresas estão cada vez mais conscientes da necessidade de encontrar soluções que permitam equilibrar talento, localização, ocupação, design e experiência, de modo a obterem resultados de sucesso em 2021 e nos anos seguintes”.

Duarte Cardoso Ferreira, Diretor de Consultoria Estratégica da CBRE, conclui que: “Os líderes da área de imobiliário corporativo irão desempenhar um papel fundamental como gestores do futuro do trabalho. Estes líderes deverão sistematicamente considerar modelos transformacionais e facilitar estratégias multifuncionais para fomentar resultados de negócio de sucesso".