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Escritórios no Grande Porto: Procura dinâmica, Oferta escassa

10 de março de 2017

No Grande Porto, a oferta total de escritórios, que reúne os edifícios exclusivos existentes nos concelhos do Porto, Maia, Matosinhos e Vila Nova de Gaia, aproxima-se de 1,5 milhões de m2 de Área Bruta Locável (ABL), distribuídos por mais de 400 projectos. Gaia é o concelho que apresenta maior oferta, somando mais de 240 mil m2, distribuídos por 70 projectos, com a Maia e Matosinhos a representar respectivamente 14,5% e 14% da oferta.

No entanto, a oferta de escritórios na região “evidencia uma escassez de espaços de qualidade, com apenas 10% da oferta considerada como sendo de qualidade alta, ou seja, em linha com os requisitos básicos que actualmente são exigidos pela maioria dos ocupantes”.

Estas algumas das conclusões apuradas no estudo “Mercado de Escritórios do Porto”, uma iniciativa da Predibisa e da Cushman & Wakefield, que desenvolveram o primeiro estudo exaustivo do mercado de escritórios do Grande Porto, o qual pretende dar a conhecer o sector, incentivando desta forma o investimento e posterior crescimento.

Segundo referem os promotores do estudo “a qualidade da oferta é um dos factores que condiciona o desenvolvimento do mercado, podendo ser decisiva na opção de localização por parte de grandes empresas que têm ao seu dispor a escolha entre diferentes cidades”. E adiantam: “Neste campo, o mercado do Grande Porto tem um potencial elevado de reconversão, factor que representa uma oportunidade para promotores e investidores.

 

Porto concentra a maioria da oferta

É no concelho do Porto que se concentra a maioria da oferta de escritórios na região, com um total de stock existente no concelho a rondar os 800 mil m2, repartidos por mais de 200 edifícios, a que correspondem 55% do total. A zona que concentra a maioria da oferta, tendo edifícios com maior qualidade é a Boavista.

De acordo com o estudo, as rendas prime na cidade do Porto são praticadas na sua zona mais emblemática, a da Boavista, o Central Business District (CBD). Os valores médios para esta zona podem variar entre os 12 e os 14 €/m2 por mês. Por sua vez, a Zona Empresarial do Porto (ZEP) é a que consegue praticar os valores mais altos, a seguir à Boavista, oscilando entre 10 e 12 €/m2 por mês, e na Baixa os valores médios variam entre 8 e 11 €/m2 por mês.

No concelho do Porto, a desocupação representa 69% da área total em oferta. A análise revela uma taxa de desocupação global na cidade de 14%, que se concentra essencialmente nas zonas Oriental e da Baixa.

A nível de investimento institucional, o sector de escritórios do Grande Porto tem ainda uma dimensão reduzida, em parte resultante do menor grau de desenvolvimento da actividade de arrendamento. De entre os cerca de 1,5 milhões de m2 de oferta existente no mercado do Grande Porto, apenas 13% é propriedade de investidores institucionais, representando pouco mais de 200 mil m2 de projectos de escritórios, cujas aquisições terão envolvido cerca de 300 milhões de euros. 

Quanto a tendências do sector de escritórios, o estudo perspetiva que a Área Metropolitana do Porto, num futuro próximo, “possa consolidar a atractividade recente de que tem vindo a gozar no mercado internacional de procura de escritórios. O crescimento da oferta em quantidade e qualidade é apontado, sendo o caminho da reabilitação o mais evidente”.