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Co-Investimento Imobiliário é o novo conceito lançado por investidores portugueses

11 de junho de 2019

Preocupado com o mercado imobiliário em Lisboa para a classe média, um grupo de investidores portugueses fundou a Própria | Co-Investimento Imobiliário e um novo conceito de negócio em Portugal.

O primeiro projecto já está em curso. Um empreendimento no Lumiar, em Lisboa, a três minutos do Colégio S. João de Brito e da estação de Metro do Lumiar, e muito próximo de dois dos maiores parques de Lisboa – a Quinta das Conchas e o novo Parque Oeste. Terá 38 apartamentos (T2, T3, T4 e T5), todos com varandas, estacionamento, arrecadação, cozinhas equipadas, pré-instalação de ar-condicionado e painéis solares térmicos.

Rui Coelho, que esteve uma década à frente dos destinos da Invest Lisboa, foi desafiado para fazer parte da fundação da Própria | Co-Investimento Imobiliário, uma marca da My Propria, SA e explica ao Diário Imobiliário em que consiste o Co-Investimento Imobiliário.

"O nosso objectivo é permitir às famílias a aquisição de apartamentos, com qualidade, praticamente a preço de custo (a nossa margem de lucro é de 1%). Através do modelo de Co-Investimento Imobiliário estamos a abdicar da margem de lucro que um promotor tradicional exige para investir. A resposta do mercado tem sido muito boa pois começámos recentemente a divulgação (de forma muito poupada) e já temos mais de 50% dos apartamentos reservados".

O responsável admite que este modelo foi desenvolvido com o objectivo de dar resposta à dificuldade da classe média em conseguir adquirir casa própria de Lisboa. "Segundo os especialistas é muito difícil construir casas para a classe média em Lisboa, tendo em conta: os preços dos terrenos, os custos da construção, o tempo (e a incerteza) dos licenciamentos, o IVA não dedutível (ao contrário de Espanha) de 23%. Somando tudo e acrescentando uma margem de lucro normal, o preço de venda não é suportável pelos (baixos) rendimentos da classe média portuguesa".

Três grandes vantagens no Co-Investimento

Rui Coelho acredita ainda que o modelo do Co-Investimento Imobiliário tem três grandes vantagens para os compradores (co-investidores): transparência total ao longo do desenvolvimento do projecto; mecanismos de protecção do investimento; preço de custo (mais 1%).

"Também tem vantagens para nós, enquanto promotores: margem fixa; segurança - só avançamos quando todas as fracções estiverem vendidas e pouco capital necessário", acrescenta.

Como irão funcionar os pagamentos nestes projectos? Cada co-investidor tem que investir cerca de 30% do custo do apartamento para entrar e apenas faz o pagamento do valor restante com a escritura e entrega do apartamento.

14,5 milhões de investimento

O responsável da Própria indica também que o investimento total no projecto será cerca de 14,5 milhões de euros.

Já os custos estimados totais para os apartamentos (T2) começam nos 250.000 euros.

Depois da empresa ponderar na hipótese de desenvolver projectos como cooperativa de habitação, Rui Coelho explica que "conceptualmente, acreditamos nos mesmos princípios das cooperativas, mas ao fim de muita investigação e análise sobre o tema, concluímos que a legislação actual precisa de ser melhorada, para evitar alguns dos problemas que as cooperativas tiveram. Se a legislação for actualizada, seremos os primeiros a ponderar usar esse quadro jurídico".

Assim  a opção foi pelo lançamento de um novo conceito, sobretudo numa cidade que está em grande evolução. "Lisboa teve muito sucesso na captação de investimento, empresas, talentos e turistas e isso foi muito importante para a reabilitação do centro histórico e para a dinamização da economia, criação de emprego e riqueza. Tudo isso foi muito positivo mas criou novos desafios a Lisboa e um dos principais é o de conseguir, com o aumento exponencial dos preços que tivemos, ter habitação acessível para a classe média", salienta.

O responsável acrescenta ainda que desenvolveram um modelo que acreditam poderá contribuir para dar uma resposta. "Se o nosso primeiro projecto for um sucesso, como acreditamos que será, vamos querer desenvolver projectos muito maiores e para isso vamos precisar de parceiros fortes, públicos e privados, que tenham interesse em ajudar a resolver o problema, agilizando processos para se conseguir vender a preços mais acessíveis", conclui.