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Câmara de Lisboa discute loteamento na antiga fábrica Barros

20 de janeiro de 2019

A Câmara de Lisboa discute esta quinta-feira a aprovação de um loteamento para a antiga fábrica Barros, na freguesia dos Olivais, com 13 lotes, que incluem 249 fogos, áreas de comércio, serviços e espaços verdes.

O pedido de licenciamento da operação de loteamento, apresentado pela UPI Parque Oriente — filial portuguesa da Union de Partenaires pour l’Investissement (UPI), refere-se a 13 lotes de edifícios com altura máxima de 28 metros, numa área de habitação de mais de 27 mil m2, estando previstos 8.370 m2 para serviços, 5.160 m2 para comércio e 2.136 m2 para equipamentos.

O estacionamento está previsto em dois pisos em cave para 480 lugares privados e 362 lugares públicos, e está contemplada uma cedência de 708 metros para áreas verdes e de utilização colectiva, refere a proposta do vereador do Urbanismo, Manuel Salgado (PS), que é discutida na reunião de executivo municipal de quinta-feira.

Segundo a proposta, esta operação urbanística fica "sujeita ao pagamento de compensação urbanística em numerário, por ausência da totalidade de cedências ao domínio público, prevendo-se a entrega ao município como compensação em espécie a deduzir ao valor liquidado, e nos termos de avaliação da Direcção Municipal de Gestão Patrimonial, do lote 9 destinado a equipamento colectivo". No documento não se especifica de que equipamento colectivo se trata.

A operação de loteamento recebeu parecer desfavorável do departamento de Gestão de Mobilidade e Tráfego, contudo, considera-se na proposta do vereador do Urbanismo que as questões levantadas podem ser resolvidas nos projectos de obras de urbanização.

O parecer do departamento de tráfego aponta a necessidade de um estudo de impacto de mobilidade e transportes, conclui que deve ser alterado um arruamento proposto, para que passe a ter os dois sentidos, defendendo ainda que o parque público deve ter acesso pela avenida de Pádua.

A antiga fábrica Barros, no cruzamento entre as avenidas de Pádua e Infante D. Henrique, está sujeita a um plano de pormenor aprovado em 2008.

Como o DI noticiou antiga fábrica de têxteis, junto ao Parque das Nações e à estação de metro de Cabo Ruivo, foi comprada em 2017 pela empresa francesa Union de Partenaires pour l’Investissement (UPI), promotora imobiliária fundada em 1994 e que conta muitos projectos de reabilitação e construção de luxo na região de Paris.

Lusa/DI