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Amorim/Vanguard isola-se na corrida à compra da Comporta

21 de setembro de 2018

 O consórcio da empresária Paula Amorim e da Claude Berda da Vanguard Properties foi o único a entregar uma proposta à compra da Herdade da Comporta. 

Pelo contrário, a aliança Victor de Broglie e Global Asset Capital (GAC) acabou por não avançar, como já tinha dado a entender, confirmou o seu porta-voz.

O grupo Oakvest, Portugália e Sabina, que inicialmente venceu um processo concursal lançado em maio, já tinha comunicado que não estava disponível para entrar neste novo procedimento.

A Lusa contactou a Gesfimo - Sociedade Gestora para perceber se havia alguma proposta de última hora, mas até ao momento não foi possível confirmar outros interessados.

De recordar que a venda da Herdade da Comporta, do universo do antigo Grupo Espírito Santo, já passou diversas fases:

O consórcio Oakvest, Portugália e Sabina tinha sido escolhido como vencedor numa primeira fase do concurso, mas esse resultado foi rejeitado numa assembleia-geral (AG) em julho de 2018.

Nessa reunião, a proposta foi rejeitada pelo voto combinado do Novo Banco e da Rioforte, a que se juntaram mais alguns participantes.

O agrupamento ameaçou fazer valer "os seus direitos legais", em comunicado, sem detalhar que medidas estava a estudar.

Entretanto, os acionistas decidiram avançar com um novo concurso.

A venda da propriedade foi inicialmente lançada no início do ano pela Gesfimo – Sociedade Gestora.

Entretanto, o consórcio Victor de Broglie e GAC adiantou que, no seu entendimento, "há falta de transparência e profissionalismo no processo conduzido pela Gesfimo e que não foram garantidas as condições para um procedimento equitativo, estando assim objectiva e materialmente impedido de apresentar uma nova oferta, sequente à já apresentada em 4 de Maio de 2018”.

As entidades envolvidas nesta candidatura diziam, a menos de oito dias da entrega das propostas, que ainda não tinham obtido acesso ao 'data room' [base de dados] da Comporta.

Assim, o agrupamento, liderado por Louis-Albert de Broglie, “entende que não estão reunidas as mínimas condições de transparência, profissionalismo e boa-fé exigíveis num processo desta natureza e dimensão”, referiu.

Está agora marcada para o dia 28 de Setembro uma assembleia-geral dos participantes na Herdade da Comporta - Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado, convocada pela Gesfimo, para avaliar os resultados do concurso, cuja entrega de propostas decorreu ontem na Deloitte.

A venda da Herdade da Comporta, nos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola, foi decidida há cerca de três anos, após o colapso financeiro do Grupo Espírito Santo, mas, apesar de terem surgido alguns interessados, nacionais e estrangeiros, o negócio ainda não se concretizou.

A Herdade da Comporta já fez parte da então Companhia das Lezírias do Tejo e do Sado, tendo sido vendida à empresa britânica The Atlantic Company, em 1925, e depois comprada, em 1955, pela família Espírito Santo.

LUSA/DI