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2017: o melhor dos últimos 19 anos para a construção?

21 de novembro de 2017

A Federação do sector da Construção FEPICOP revelou hoje que o sector cresceu até Outubro acima do previsto, na última análise de conjuntura, e que há indícios de que 2017 venha a ser o mais positivo dos últimos 19 anos.

A produção do sector da construção cresceu este ano, entre Janeiro e Outubro, 5,9%, mais do dobro dos 2,6% previstos no início deste ano pela FEPICOP - Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas.

“Esta variação, a confirmar-se, será a mais positiva dos últimos 19 anos, período em que o sector atravessou uma longa e grave crise e durante a qual o seu volume de produção terá registado uma queda acumulada de 52%”, salienta a federação em comunicado hoje divulgado.

 

Reabilitação cresce 14%; construção nova: 5%

O segmento da construção de edifícios residenciais, que aumentou 8% no período em análise, é o que mais tem contribuído para o aumento da produção no sector: “Particularmente a componente de trabalhos de reabilitação, cujo volume de produção cresce perto de 14%”, lê-se na nota, que também dá conta de um aumento de 5% da produção de construção nova.

Para o aumento de produção dos trabalhos de engenharia civil, que no final do ano poderá chegar aos 6%, segundo a federação, “muito contribuiu a realização, em Outubro, de eleições autárquicas”, que levaram à execução, ao longo do ano, de “um volume assinalável” de obras da responsabilidade das autarquias locais.

 

Nos últimos seis anos a produção caiu 36%!

Mas a FEPICOP ressalva que “esta expansão verificada em 2017 revela-se claramente insuficiente para colmatar a diminuição de 8% registada no ano anterior e pouco contribui para moderar a queda de 36% que a produção deste segmento de actividade acumulou ao longo dos últimos 6 anos e que foi o reflexo directo da brutal redução verificada ao nível do investimento público”.

Quanto às componentes pública da construção de edifícios não residenciais e privada, “o bom desempenho da economia beneficiou a produção deste tipo de trabalhos”, defende a federação, estimando que em termos agregados a produção do segmento da construção de edifícios não residenciais venha a aumentar 3,7% em 2017.

Lusa/DI